Já faz alguns anos desde que escrevi aqui pela última vez. Acho que a principal tradição deste blog é iniciar cada publicação me desculpando sobre o meu tempo ausente daqui. O que é um pouco contraditório, porque escrever ouvindo música é uma das coisas que mais me ajudam quanto à ansiedade.
Minha última publicação foi uma carta ao meu filho Ian. Hoje decidi escrever um pouco sobre como tem sido a minha experiência como pai. Ontem ele completou 1 ano e 8 meses de vida e eu tenho sido demasiadamente grato ao Senhor pela vida dele. Cuidar de criança não é uma tarefa fácil. A maior parte da minha infância foi internado em hospitais devido a problemas respiratórios, como a asma. Minha esposa Allice conta que durante a sua infância ela sofria dos mesmos problemas. Então, durante a gestação tínhamos quase certeza de que isso pudesse acontecer também com o Ian.
Que bom que estávamos errados.Até o momento em que escrevo aqui — por Deus, que continue assim — o Ian foi ao hospital pouquíssimas vezes devido à uma febre ou gripe. Ele é um garoto extremamente cheio de energias e saúde. Atualmente estamos vivendo a fase em que dizem ser a "pré-adolescência" dos bebês. É uma tarefa impossível manter a casa organizada, mas apesar disso, tem sido divertido.
Eu costumo dizer que, se anteriormente à gravidez um homem não atingiu a maturidade, ele irá alcançar isso durante a descoberta da maravilhosa dádiva da paternidade. Durante toda a minha juventude eu fui egoísta, pensava somente em mim mesmo. Claro que desde cedo eu sempre quis constituir uma família grande, porém, ao analisar isso com um pouca mais de cautela, eu vejo que existia muito egoísmo até neste desejo. Era tudo sobre mim, tudo sobre ter o meu lar, meus filhos, minha esposa. Eu era o centro da minha vida.
Mas o amadurecimento veio.
Hoje, como pai, eu tenho atingido uma certa maturidade que jamais pensaria alcançar antes. O meu casamento não é mais sobre mim, é sobre Cristo. A minha função marital e paterna tem me ensinado mais sobre o amor de Deus, do que jamais eu poderia ter entendido antes. É complicado tentar descrever isso em poucas palavras aqui, mas sou grato ao Senhor por estar me ensinando muito quanto à paciência, o perdão e o entendimento mais profundo de criar meus filhos nos caminhos do Senhor e para o Senhor — não para mim. Antes do Ian ser meu, ele é de Cristo. Antes da minha esposa ser minha, ela é filha do meu Senhor. E que grande privilégio Deus tem me concedido, a missão de cuidar deles.
Você não leu errado quando mencionei "filhos", no parágrafo anterior. Deus está nos concedendo a maravilhosa alegria de receber mais um filho(a) em nossa família. Ainda está tudo muito recente, mas provavelmente falarei mais sobre isso em publicações futuras.
Louvado seja sempre o Senhor por todas as coisas.
13 janeiro 2024, manhã.